Episodio 2 Entre Páginas Dimensões Emi e Kizumi (O despertar )

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Episodio 02

 Entre Páginas e Dimensões:

 

kizume começa a contar que era conhecida por ser muito travessa e adorava pregar peças nas pessoas ao seu redor. Kizumi não se importava com o que os outros falavam sobre suas travessuras e não se preocupava com as consequências de suas brincadeiras.

Kizumi vivia em uma pequena cidade onde todos se conheciam. Ela aproveitava essa proximidade para aprontar com os vizinhos, colegas de escola e até mesmo com os professores. Ela fazia brincadeiras de mal gosto, como esconder os pertences dos outros, trocar as mochilas dos colegas ou pregar sustos em momentos inoportunos.

As pessoas começaram a ficar cansadas das brincadeiras de Kizumi. Ela era sempre o centro das atenções, mas de uma forma negativa. Seus amigos começaram a se afastar, pois não queriam ser vítimas de suas travessuras. Os adultos também não sabiam como lidar com ela, pois qualquer advertência ou repreensão parecia não ter efeito.

Certo dia, Kizumi pregou uma grande pegadinha na escola. Ela trocou as cadeiras de lugar e colocou almofadas embaixo dos assentos, fazendo com que todos caíssem quando se sentassem. No entanto, algo inesperado aconteceu. Enquanto Kizumi esperava ansiosamente pela reação de risos, viu que as pessoas não estavam rindo. Pelo contrário, estavam tristes e chateadas com suas ações.

Uma das vítimas da brincadeira era uma menina chamada Emi. Emi era sempre alvo das travessuras de Kizumi, mas desta vez algo era diferente. Em vez de ficar com raiva, Emi olhou para Kizumi com tristeza nos olhos e disse: "Por que você faz isso, Kizumi? Você já parou para pensar como se sentiria se estivesse no meu lugar?"

Essas palavras ecoaram na mente de Kizumi. Ela nunca tinha considerado o impacto de suas brincadeiras nas outras pessoas. Ela percebeu que suas ações egoístas estavam magoando os sentimentos dos outros e afastando aqueles que realmente se importavam com ela.

Kizumi decidiu mudar. Ela pediu desculpas a todas as pessoas que tinha magoado e prometeu que não faria mais brincadeiras de mau gosto. A partir desse dia, Kizumi começou a se colocar no lugar dos outros, desenvolvendo empatia e compreensão.

Com o tempo, as pessoas começaram a ver a transformação de Kizumi. Ela se tornou uma amiga leal e atenciosa, ajudando os outros em vez de prejudicá-los. Seu nome, que antes era associado a travessuras e malcriações, passou a ser sinônimo de amizade e generosidade.

Kizumi aprendeu que ser respeitada e amada era muito mais gratificante do que qualquer brincadeira de mau gosto. Ela percebeu que suas ações podiam ter um impacto duradouro nos outros e que o verdadeiro poder estava em fazer o bem e construir relacionamentos saudáveis.

Kizumi tinha mudado seu comportamento e estava vivendo uma vida mais empática e preocupada com os outros. No entanto, um evento traumático aconteceu e teve um profundo impacto em sua vida.

Um dia, enquanto Kizumi estava brincando em uma festa de aniversário, um acidente ocorreu. Uma das brincadeiras que ela preparou acabou resultando em um ferimento grave em uma das crianças presentes. Kizumi ficou chocada e culpou a si mesma pelo ocorrido.

O incidente deixou Kizumi emocionalmente abalada. Ela se retirou da convivência social, sentindo-se culpada e incapaz de lidar com o trauma. Com o tempo, sua dor e culpa transformaram-se em raiva e ressentimento. Ela começou a acreditar que não importava o quanto tentasse mudar, seu destino era ser uma pessoa má.

Essa escuridão interior fez com que Kizumi voltasse a fazer brincadeiras de mal gosto, mas agora de forma ainda mais intensa e cruel. Ela queria afastar as pessoas e não permitir que ninguém se aproximasse dela novamente. As pegadinhas eram vingativas e visavam machucar os outros emocionalmente, assim como ela se sentia por dentro.

No entanto, as pessoas ao seu redor não desistiram de Kizumi. Elas sabiam que algo estava errado e que seu comportamento não refletia quem ela realmente era. Emi, que tinha sido uma das vítimas de suas travessuras no passado, decidiu confrontar Kizumi.

Emi se aproximou com compaixão e falou sobre o impacto que suas ações estavam tendo nas pessoas. Ela relembrou a transformação que Kizumi havia feito anteriormente, lembrando-a de que todos cometem erros e têm a chance de se redimir.

As palavras de Emi tocaram o coração de Kizumi. Ela percebeu que estava deixando o trauma e a dor controlarem sua vida. Com o apoio de Emi e de outras pessoas próximas, Kizumi buscou ajuda profissional para lidar com seu trauma e enfrentar seus sentimentos de culpa e raiva.

A jornada de recuperação de Kizumi não foi fácil, mas com o tempo ela começou a se perdoar e a trabalhar na reconstrução de relacionamentos saudáveis. Ela fez questão de reparar o mal que havia feito e pediu desculpas sinceras às pessoas que havia ferido.

Kizumi aprendeu que o trauma não a definia e que ela tinha o poder de escolher quem queria ser. Ela abraçou a oportunidade de crescer e se tornar uma pessoa melhor. Gradualmente, Kizumi encontrou seu caminho de volta para a empatia e a compaixão, usando suas experiências para ajudar os outros a lidar com seus próprios traumas.

Kizumi, após enfrentar seu trauma e passar por um processo de crescimento pessoal, começou a reconstruir sua vida de forma positiva. Durante esse processo, ela percebeu que havia algo especial em Emi, algo que ia além da amizade.

Kizumi começou a prestar mais atenção em Emi, observando sua bondade, compreensão e o amor incondicional que ela tinha pelas pessoas ao seu redor. Ela ficava encantada com a maneira como Emi tratava a todos com respeito e gentileza, mesmo após tudo o que Kizumi havia feito.

Conforme Kizumi passava mais tempo com Emi, os sentimentos que ela nutria por ela foram se intensificando. Ela admirava a coragem de Emi em confrontá-la e ajudá-la em seu processo de recuperação. Kizumi percebeu que Emi não apenas acreditava na mudança das pessoas, mas também estava disposta a apoiá-la nessa jornada.

Com o passar do tempo, Kizumi finalmente decidiu revelar seus sentimentos por Emi. Ela se aproximou dela com nervosismo, mas com determinação em seu coração. Kizumi expressou com sinceridade o amor que sentia por Emi, explicando como seu carinho e dedicação a tinham inspirado a ser uma pessoa melhor.

Emi, surpresa com a revelação, ficou em silêncio por um momento. Ela valorizava profundamente a amizade que tinha com Kizumi, mas não tinha percebido que seus sentimentos tinham se transformado em algo mais romântico. Após um instante, Emi sorriu docemente e disse a Kizumi que ela também tinha desenvolvido sentimentos especiais por ela.

As duas meninas embarcaram em um relacionamento, baseado em amor, confiança e respeito mútuos. Kizumi se sentia abençoada por ter a oportunidade de amar e ser amada por alguém tão especial como Emi. Elas compartilharam momentos de alegria, apoio e crescimento juntas, enfrentando desafios e celebrando conquistas ao longo do caminho.

O amor que floresceu entre Kizumi e Emi foi uma fonte de inspiração para ambas. Elas aprenderam que o amor verdadeiro não apenas traz felicidade, mas também transforma e fortalece os indivíduos envolvidos. Kizumi continuou a ser uma pessoa travessa, mas agora canalizava sua energia de forma mais positiva, trazendo alegria e risos para suas vidas e para as pessoas ao seu redor.

 




Em uma ensolarada tarde de verão, Kizumi e Emi decidiram fazer uma viagem para o interior da cidade de Kaxiro, próxima à capital Seishin. Elas estavam animadas com a ideia de explorar a beleza natural da região e desfrutar de um dia tranquilo às margens do rio.

Assim que chegaram ao local, Kizumi e Emi encontraram um lugar perfeito para montar seu acampamento. Eles desdobraram as cadeiras de praia, estenderam uma toalha no chão e começaram a apreciar a serenidade do ambiente.

Enquanto conversavam e riam, Kizumi decidiu que era hora de pregar uma de suas famosas pegadinhas em Emi. Ela olhou em volta e teve uma ideia brilhante para surpreender sua amiga. Kizumi fingiu tropeçar em uma pedra e caiu no chão, simulando uma queda dramática.

Emi, preocupada, correu até ela e perguntou se estava tudo bem. Nesse momento, Kizumi saltou rapidamente, revelando um sorriso travesso no rosto. "Pegadinha, Emi! Eu só queria te assustar um pouco", disse Kizumi, rindo.

Emi, inicialmente surpresa com a brincadeira, começou a rir também. Ela percebeu que Kizumi estava apenas tentando trazer um pouco de diversão e alegria ao dia delas. Emi então decidiu entrar na brincadeira e planejou sua própria pegadinha.

Enquanto Kizumi estava distraída olhando para o rio, Emi pegou um balde de água escondido e, cuidadosamente, despejou sobre a cabeça de Kizumi. Kizumi ficou totalmente encharcada, e seus olhos se arregalaram de surpresa.

Ambas caíram na gargalhada e começaram uma guerra de água improvisada, correndo e jogando água uma na outra. Elas estavam se divertindo imensamente, rindo e gritando enquanto tentavam se proteger da água gelada.

Depois de um tempo, exaustas e molhadas, elas se sentaram na toalha para descansar e recuperar o fôlego. Olharam uma para a outra e compartilharam um olhar de cumplicidade, sabendo que aquela viagem seria inesquecível.

O dia continuou com mais risos, brincadeiras e momentos de amizade verdadeira. Kizumi percebeu o quão sortuda era por ter uma amiga tão leal e divertida como Emi, alguém disposta a entrar nas suas brincadeiras e fazer pegadinhas em troca.

Enquanto o sol se punha no horizonte, Kizumi e Emi recolheram seu acampamento e voltaram para casa, levando consigo memórias especiais daquele dia. Elas aprenderam que o bom humor e a alegria compartilhada podiam unir ainda mais os laços de amor.
Kizumi e Emi se sentiam gratas por terem encontrado uma na outra o amor verdadeiro e o apoio mútuo. Eles se sentiam livres para expressar sua afetividade e compartilhar momentos íntimos, sem medo de julgamentos.

Enquanto brincavam e se divertiam ao longo do dia, Kizumi e Emi sabiam que a aceitação de suas identidades e orientações sexuais era essencial para sua felicidade. Elas se sentiam empoderadas em serem quem eram e amarem uma à outra abertamente.A viagem ao interior de Kaxiro não era apenas uma aventura, mas também um momento de reafirmação do amor e do compromisso que Kizumi e Emi tinham uma pela outra. Elas sabiam que, independente de qualquer desafio que enfrentassem, estariam juntas, apoiando-se mutuamente.
Assim, aquele dia especial de acampamento se tornou um marco importante na história de Kizumi e Emi, um momento em que elas celebraram sua identidade como casal lésbico e reforçaram a conexão e o amor que as unia.

Naquela noite, enquanto Kizumi e Emi caminhavam pela fileira de casas com paredes de pedra, uma brisa suave acariciou o rosto de Emi, seguida por um repentino vento gelado. Intrigada, ela parou por um momento, observando a parede à sua frente. No entanto, assim que tentou continuar caminhando, a brisa misteriosa desapareceu. Emi deu um passo para trás e, sem perceber, tocou a parede.

Para sua surpresa e horror, uma aura misteriosa envolveu Emi, transformando-a em um livro vivo. Kizumi, cheia de desespero, tentou agarrar o livro, mas era tarde demais. Emi havia desaparecido, deixando apenas uma cópia física de si mesma.

Cheia de tristeza e determinação, Kizumi pegou o livro com cuidado e o abraçou com força. Ela se recusou a desistir de Emi e decidiu dedicar seu tempo para descobrir uma maneira de trazê-la de volta.

Kizumi entrou nz dimensão que a deixou dentro de uma  biblioteca, percorrendo incansavelmente as estantes, procurando livros antigos e conhecimentos ocultos. Ela buscava respostas, rituais ou feitiços que pudessem reverter a transformação de Emi em livro.

Os dias se transformaram em semanas, e Kizumi não desistia. Ela estudava incessantemente, buscando pistas e informações que pudessem ser úteis. A biblioteca se tornou seu lar, e ela dedicava todas as horas do dia e da noite na busca por uma solução.

Com o passar do tempo, Kizumi começou a desvendar segredos antigos, histórias de transformações e encantamentos reversíveis. Ela aprendeu sobre a magia que fluía através das páginas dos livros e como ela poderia ser canalizada para desfazer o feitiço que aprisionava Emi.

Kizumi mergulhou nas profundezas dos conhecimentos e, finalmente, encontrou o ritual que poderia trazer Emi de volta. Com um coração esperançoso e mãos trêmulas, ela seguiu as instruções cuidadosamente até que uma rajada de vento forte soprou dentro da biblioteca deixando cair vários livros em cima dela e fazendo a adormecer.

 Episódio 03

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